O espaço mais notável é a sala de leitura, povoada por finas colunas com os seus capitéis coríntios e cúpulas com clarabóias envidraçadas que, elevando-se a mais de nove metros do solo, são o meio difusor de luminosidade no interior da sala. Tal como a sala de leitura, a sala de reservas é outra realização notável ao nível da cobertura, concebida inteiramente com vidro, provocando a penetração da luz difundida depois pelas clarabóias do pavimento. O ferro aliado ao vidro concede a estes espaços um efeito notável. Neste edifício, Henri Labrouste revela duas vertentes da sua arquitectura. Se por um lado alcança um grande modernismo, por outro lado está presente um gosto convencional. Para além de ser considerado o iniciador da escola racionalista em França, foi também uma referência para a geração de arquitectos modernos posteriores.